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Obras irregulares geram multas de R$ 25,5 milhões em Vicente Pires

A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) manteve para 2024 — por meio de uma portaria — a força-tarefa que atua desde julho do ano passado em Vicente Pires. De acordo com a DF Legal, daquela ocasião até dezembro de 2023, foram 1.714 ações fiscais realizadas (leia Números). “Por lá, observamos que havia um número alto de prédios que vinham sendo construídos desrespeitando a Diretriz Urbanística da região”, destaca o secretário executivo, Adriano Valente.

“Há ainda uma pequena parte que tenta burlar a fiscalização, trabalhando durante a noite e nos fins de semana, mas identificamos essas construtoras e iremos focar na responsabilização delas”, garante Adriano Valente. Essa é a reclamação de Gilberto Camargos, presidente da Associação de Moradores de Vicente Pires (Amovipe).

Ele classifica como “operação teatro” a força-tarefa realizada pela pasta. “Eles (DF Legal) fingem fiscalizar. Só que aqui, em vários prédios, estão trabalhando durante a noite. É só pegar a evolução de cada um, que vai dar para perceber”, afirma. “Todos foram interditados e multados, mas chegaram ao final do projeto, venderam os apartamentos, foram habitados e ligaram água e luz. Isso está por tudo quanto é lado”, reclama Camargos.

Divisão

Correio foi até alguns endereços de Vicente Pires onde, de acordo com a DF Legal, as obras estão paralisadas por conta de embargos impostos por meio da fiscalização. Na Rua 4, a reportagem esteve nas obras que ficam em frente à chácara 292, na chácara 287 e 291. Na Rua 4B, um prédio estava sendo erguido na chácara 286. Todos os locais aparentavam estar, no momento da visita, sem trabalhadores e com o serviço paralisado.

Ao lado do edifício embargado na Rua 4B, existe outro prédio, já construído e habitado. Síndica do local, Livonete Silva, 54 anos, conversou com o Correio: “Realmente, é importante pensar no meio ambiente e, até que ponto, a gente pode ter tantos prédios em Vicente Pires. Se há um limite estabelecido, que é de três andares, deve ser cumprido”, ressalta. “Porém, na minha opinião, vejo que houve um erro da própria administração, que não fiscalizou antes desses prédios serem erguidos”, pondera.

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